Após polícia encerrar casamento em fazenda, vereador diz que só locou utensílios

Após a Polícia Militar (PM) de Maracaju encerrar uma festa de casamento, a qual ocorria em fazenda na MS-460, na noite do último sábado (5), o vereador Laudir Munaretto, presidente da Câmara de Dourados, alegou que a empresa em seu nome não atuou como prestador de serviço de buffet, apenas locou "mesas, cadeiras e utensílios como pratos, talheres e toalhas".

O parlamentar teve o nome envolvido na festa polêmica e clandestina, num momento em que Mato Grosso do Sul enfrenta a pior fase da pandemia, tendo que encaminhar pacientes para outros estados.

Na ocasião, havia o show da dupla sertaneja Jads e Jadson e diversos convidados filmaram e postaram nas redes sociais, o que gerou revolta de muitos internautas. Equipes das policiais Civil e Militar já identificaram e autuaram 25 pessoas que participavam do evento.

Maria do Carmo Nascimento Silva, mãe da noiva Maria Lúcia, e assessora municipal de programas sociais da cidade de Maracaju pediu exoneração do cargo, após a péssima repercussão na cidade.

Já o vereador emitiu nota à imprensa e disse que deixou a administração do Buffet Laudir desde o dia em que foi eleito para presidir a Câmara Municipal de Dourados, no início deste ano. "A missão que assumi exige dedicação em período integral, de forma que não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Na ânsia de atingir minha pessoa, a Câmara de Vereadores e até o poder público municipal, algumas pessoas partem para comentários maldosos que acabam maculando a imagem da pessoa jurídica Buffet Laudir e todos aqueles que incorrerem em crime de calúnia ou difamação serão responsabilizados na forma da Lei", comentou em trecho do documento.

Ainda alegou que "mesmo que tivesse prestado serviços de buffet não haveria ilegalidade ou imoralidade. que o Decreto 400, que instituiu o lockdown em Dourados não impede nenhuma empresa local de prestar serviços em outro município, de forma que não houve qualquer violação ao decreto por parte do Buffet Laudir", salientou.

Correria

Assim que recebeu denúncia do casamento, a PM foi para a fazenda, no entanto, houve correria e muitos convidados deixaram o local. Apenas 25 foram encontradas no momento da abordagem e a relação com os nomes foi encaminhada para a Vigilância Sanitária e os envolvidos possivelmente serão multados.

No caso das pessoas que fugiram antes da abordagem, a investigação prosseguirá para identificá-las e também para ser feita a devida punição, assim como as empresas fornecedoras da festa, buffet, decoração, músicos e outros, informou a prefeitura de Maracaju em nota enviada à imprensa.

A equipe da dupla Jads e Jadson alegou que os cantores só foram para o evento porque haviam sido informados que a festa tinha autorizações e documentações necessárias para ser realizada.