Argentina destrona o Brasil no Maracanã e é campeã da Copa América

Argentina destrona o Brasil no Maracanã e é campeã da Copa América

A primeira final entre Brasil e Argentina disputada no Maracanã terminou com vitória argentina. Di Maria, com um lindo toque de cobertura, marcou o único gol da vitória por 1 a 0 que destronou a seleção brasileira em seu palco mais simbólico, acabou com o jejum de 28 anos sem títulos e garantiu a taça da Copa América 2021 neste sábado, 10 de julho. Com a presença de mais de 5.000 torcedores no Maracanã, a final também ficou marcada pela desorganização fora de campo, onde torcedores dos dois países se aglomeraram em frente aos portões para conseguir os ingressos e acessar as arquibancadas do estádio. Em campo, um jogo duro, cheio de divididas, cartões amarelos e reclamações, que terminou com muita festa albiceleste e uma exibição de gala do meia De Paul, autor do lançamento para o gol decisivo da partida.

Sem desfalques por covid-19, Tite não contou apenas com o atacante Gabriel Jesus, suspenso por cartão vermelho. Everton Cebolinha foi escolhido para o seu lugar. Assim, o Brasil entrou em campo com Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro, Fred e Lucas Paquetá; Cebolinha, Richarlison e Neymar. A Argentina respondeu escalando os titulares Emiliano Martínez; Montiel, Romero, Otamendi e Acuña; Paredes, Lo Celso, De Paul e Di María; Messi e Lautaro Martínez.

O primeiro tempo trouxe a energia de um jogo mais disputado do que bem fluido. Sobraram divididas para Neymar, que teve até o shorts rasgado por um adversário. Mas, no meio dos duelos, De Paul achou espaço aos 21 minutos para lançar nas costas de Renan Lodi. O lateral brasileiro vacilou, Di Maria dominou e, na cara do goleiro, deu um toquinho por cima para abrir o placar. Foi a primeira vez que a Argentina marcou um gol em uma final com Messi em campo, na quinta tentativa. O 1 a 0 durou até o intervalo, com os argentinos melhores e criando mais chances de ampliar o placar.

Nervoso com as decisões da arbitragem e sem conseguir envolver os argentinos, Tite mudou logo no intervalo: o atacante Roberto Firmino substituiu o volante Fred, o que colocou o time para frente. Tanto que, aos sete minutos, Richarlison já havia empatado a partida, mas teve o gol anulado por impedimento. O mesmo Richarlison obrigou o goleiro Martínez a fazer ótima defesa um minuto depois. A Argentina pareceu mais nervosa com a vantagem e mesmo sua torcida, que incendiou o Maracanã por boa parte do jogo, ficou mais calada. Na segunda mexida brasileira, Vinicius Junior veio para o lugar de Everton Cebolinha, que mal tocou na bola, e Gabigol —provocando aplausos da torcida— ainda substituiu Paquetá no mesmo instante que Emerson entrou no lugar de Lodi. No entanto, as alterações não surtiram o efeito desejado em campo. Com catimba e muita organização defensiva, a Argentina suportou a pressão brasileira para encerrar seu jejum de 28 anos e conquistar a 15ª Copa América de sua história, igualando o Uruguai como maior vencedora da competição sul-americana.

Di Maria foi eleito pela Conmebol o melhor jogador da partida e Lionel Messi foi o craque da Copa América, mas ambos não fizeram um jogo do nível do meia De Paul, que, auxiliado por Lo Celso e pelo defensor Romero, controlou a partida quando a Argentina tinha a bola e não permitiu que a criação brasileira empatasse o placar. Do outro lado, Neymar não se omitiu e, por várias vezes, tentou arrancadas rumo ao ataque, mas não teve a colaboração de seus parceiros ofensivos. Ainda sofreu com faltas revezadas dos rivais. Ao fim do jogo, deu um longo abraço em Messi e parabenizou o argentino.