Campo Grande cria comissão de prevenção ao suicídio

Prefeitura vai organizar banco de dados para auxiliar famílias

Campo Grande cria comissão de prevenção ao suicídio

A SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) vai contar com uma comissão permanente de prevenção ao suicídio, que terá o objetivo de apoiar a gestão na articulação intersetorial e interinstitucional para a execução de ações de valorização da vida.

O decreto, assinado pela prefeita Adriane Lopes e pelo secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes, foi publicado na edição do Diário Oficial de Campo Grande desta terça-feira (22).

A comissão será formada por oito servidores que atuam na Proteção Social Básica, Proteção Especial de Média e Alta e Gestão do Suas (Sistema Único de Assistência Social), da SAS.

Para o secretário da SAS, José Mário a criação da Comissão será relevante no trabalho junto aos familiares e amigos dos usuários da Rede Municipal de Assistência Social.

"Elas podem oferecer o apoio emocional necessário para que o familiar ou amigo que esteja passando por um processo de depressão não se sinta só. É muito importante criar esse meio de articulação, de estratégias, para levar palestras e orientações à comunidade que de nós necessita em todas as regiões da cidade. Doenças como a depressão, ansiedade, transtorno bipolar, se não forem descobertas a tempo, podem levar ao suicídio, por isso a importância da criação da Comissão", ressaltou.

O estudo sobre a implantação da comissão teve início no primeiro semestre, como forma de reforçar as ações que já ocorrem na Rede Municipal de Assistência Social. A criação do grupo ocorreu a partir de convite da Defensoria Pública.

De acordo com a Gerente do Serviço de Proteção Especial de Média Complexidade da SAS, Mayza Reis a ideia é atuar em conjunto com as demais políticas públicas para desenvolver estratégias de conscientização e enfrentamento ao suicídio.

Ela explica que a Comissão já se reúne há dois meses, como forma de grupo de estudo, elaborando um plano de trabalho. A ideia é criar, além das estratégias de ação, um banco de dados com base nas informações disponibilizadas pelo Disk 100 e conselhos tutelares sobre casos de auto lesão e de famílias que estejam sofrendo após o suicídio de alguém próximo.

"O objetivo é apoiar e acompanhar as famílias para fazer os encaminhamentos e orientações. Vamos identificar essas pessoas, articulando o trabalho com os demais serviços da gestão", ressaltou.