Prorrogação do Auxílio Emergencial cada vez mais próxima

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco defende a retomada do benefício

Prorrogação do Auxílio Emergencial cada vez mais próxima

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do novo coronavírus, como forma de incentivo financeiro foi criado o auxílio emergencial e com o fim do estado de calamidade pública, o benefício foi encerrado. Devido ao aumento nos casos de Covid-19 no país, o Ministério da Economia estuda a possibilidade de retomar o benefício.

O programa foi a principal ou única renda de cerca de 860 mil beneficiários em Mato Grosso do Sul. Segundo a Caixa, foram R$ 3,5 bilhões disponibilizados para a população do Estado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), falou sobre a necessidade de se retomar o auxílio, mas respeitando o programa fiscal do governo, destacando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou "receptividade" à ideia de prorrogação.

"É inegável que, com a pandemia ainda não tendo acabado, é fundamental que a gente tenha que auxiliar as pessoas. É preciso ter essa assistência social mais imediata. Eu senti receptividade do ministro Paulo Guedes à ideia que, com toda a responsabilidade fiscal, possamos ter assistência social mais imediata enquanto a vacina não for capaz de imunizar toda a população brasileira", afirmou Pacheco.

O programa foi criado para atender trabalhadores informais e desempregados em geral que ficaram sem possibilidade de gerar renda em meio à crise e a necessidade de isolamento social.

O auxílio foi pago inicialmente em cinco parcelas de R$ 600 (R$ 1.200 para mulheres chefes de família) e foi prorrogado por mais 4 parcelas de R$ 300 até o fim do ano. Em dezembro, a Caixa realizou a última parcela aos beneficiários do Bolsa Família e inscritos no CadÚnico.

Conforme o doutor em economia, Michel Constantino, a prorrogação do auxílio emergencial seria fundamental, visto que, milhares de pessoas tinham o recurso como única alternativa de renda, e o fim dele influencia diretamente na economia do país.

"O fim desse recurso com toda certeza irá impactar a economia local e nacional, é importante destacar que a pobreza diminuiu com a liberação do auxílio emergencial, então ele foi muito necessário nesse momento tão atípico que todos estão enfrentando. Vivemos uma situação difícil, mas se ele pudesse continuar, seria fundamental."

O Ministério da Economia aponta que o benefício foi responsável por reduzir a pobreza em 23,7% no País. Mais de 15 milhões de cidadãos saíram da linha da pobreza, ou seja, tiveram renda domiciliar per capita maior que meio salário mínimo (R$ 522,50).

Atualmente, o governo federal estuda a possibilidade de reduzir o número de beneficiários, dando prioridade aos informais, e oferecer um benefício de R$ 200 por três meses, limitando o impacto fiscal nos cofres públicos.