Partidos cortejam Rose Modesto e Tereza Cristina para 2022

Com nomes bem cotados para as eleições majoritárias, partidos assediam deputada e ministra da Agricultura

Partidos cortejam Rose Modesto e Tereza Cristina para 2022

A deputada federal Rose Modesto (PSDB) e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM) – que também tem mandato de deputada federal –, têm sido as mais procuradas por vários partidos no período de definição para as chapas das eleições de 2022.

A explicação nos bastidores é que ambas têm potencial para dar um passo além na carreira política. Elas também já não escondem o desejo de se candidatarem a uma vaga no Senado, como é o caso de Tereza Cristina, ou mesmo ao governo do Estado, como Rose já afirmou várias vezes, motivo que a faz se distanciar do partido que ela ainda integra, o PSDB.

Formalmente, porém, a ministra Tereza Cristina tem usado o discurso de que, no momento, está focada no trabalho. Nos bastidores, dirigentes de vários partidos, como o PP e até mesmo o MDB (do qual ela já fez parte quando foi secretária de Agricultura do ex-governador André Puccinelli), têm conversado com ela.

"Estamos a um ano das eleições, este é o momento em que vamos analisar tudo. Estou conversando muito com o DEM [nacional] e também com o partido aqui no Estado para ver como estão se encaminhando essas próximas eleições. Ao mesmo tempo em que estamos tendo essas conversas, as especulações surgem e todo o cenário fica confuso', ponderou.

O rumo que o DEM tomar em 2022 também deve definir o futuro de Tereza Cristina. A ministra da Agricultura quer ficar em um partido que apoie – e que também não destoe – a plataforma da Jair Bolsonaro.

ROSE

Já Rose Modesto também tem sido assediada. Ela é alvo natural do Podemos, sua linha auxiliar desde que suas rusgas com a executiva estadual do PSDB começaram, mas também de outros partidos, como o PP e o MDB.

Apesar de nunca mostrarem números, nos bastidores se fala que Rose estaria bem cotada para uma eleição majoritária, seja ao Senado, seja ao governo.

"Ainda estou analisando o que será feito em 2022, até lá estou mais em condições de avaliar todo esse contexto que está sendo construído, mas, atualmente, digo que tenho condições de apostar em uma candidatura na majoritária', acrescentou.

'Então não é o momento para se decidir, e sim de conversar com os partidos que me convidaram para compor a legenda e com as lideranças e articular os assuntos para no ano que vem estarmos prontos para escolher qual o melhor caminho a ser seguido', completou.

PRÉ-CANDIDATURAS

Algumas pré-candidaturas já estão postas. Uma delas é a do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). O secretário tem viajado todo o Estado e intensificado seu contato com a população e também com prefeitos e vereadores.

"O Riedel [PSDB] é uma pessoa nova na política e é natural que ainda não seja tão popular. O PSDB está trabalhando nisso em uma estratégia interna, levando o nome do nosso pré-candidato às lideranças no interior de MS e nosso objetivo é que ele cresça primeiro dentro do partido, para depois começarmos a trabalhar na imagem exterior', explicou o presidente do PSDB, Sérgio de Paula.

'Crescendo aqui dentro, Eduardo Riedel começa a caminhar para aumentar a sua popularidade, esperamos aí que até o fim do ano ele cresça em até dois dígitos nas pesquisas internas', finalizou.

O ex-governador André Puccinelli (MDB) também não esconde o desejo de voltar a governar Mato Grosso do Sul. Para ele, sua candidatura é "vontade do povo'. Puccinelli, porém, tem viajado todo o Estado e conversado com vários atores políticos, como Rose Modesto e Tereza Cristina, e não esconde de ninguém que abriria mão de sua candidatura para uma das duas.

Quem também se lançou como pré-candidata é a senadora Soraya Thronicke (PSL). Com mais cinco anos de mandato pela frente no Senado, candidatar-se ao governo é visto em seu entorno como um investimento de baixo risco, e com a possibilidade de tornar o seu nome mais visível, independentemente do resultado das eleições.

Para favorecer Thronicke, ainda há a possibilidade de sua candidatura ser irrigada pelo Fundão Eleitoral. O PSL, juntamente com o PT, tem a maior cota.

Da esquerda, o ex-governador Zeca do PT também é pré-candidato. No partido, porém, cogita-se que ele possa abrir mão para outro integrante, ou mesmo para compor uma frente mais ampla, com o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, à frente.