Justiça Eleitoral suspende mais uma pesquisa em Mato Grosso do Sul

De acordo com a legislação eleitoral, quem descumprir tal determinação e veicular a pesquisa irregular será multado no valor de R$ 50 mil.

Justiça Eleitoral suspende mais uma pesquisa em Mato Grosso do Sul

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) suspendeu mais uma pesquisa de intenções de voto com avaliação considerada irregular entre os candidatos à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).


De acordo com a legislação eleitoral, quem descumprir tal determinação e veicular a pesquisa irregular será multado no valor de R$ 50 mil.


Segundo a decisão, a liminar foi pleiteada pela Coligação Mudança de Verdade (PRTB/Avante) liderada pelo candidato a governador e deputado estadual Capitão Contar.


"Com tantas pesquisas impugnadas pela Justiça Eleitoral em Mato Grosso do Sul, fica difícil para o eleitor sul-mato-grossense acreditar nos resultados de intenções de votos que vêm sendo divulgados. Mais uma pesquisa acaba de ser impugnada, dessa vez foi a pesquisa realizada pelo instituto Percent "pela ausência de delimitação do bairro", avalia o comando da campanha de Contar.


O instituto não apresentou a documentação com as delimitações dos bairros abrangidos pela coleta de dados e teve a pesquisa com a divulgação suspensa imediatamente sob pena de multa em caso de descumprimento. A pesquisa foi registrada com o número MS-05662/2022 junto ao TSE.

Conforme consta na decisão, "a exigência de se apresentar os bairros abrangidos pelo trabalho de pesquisa no prazo regulamentar se dá em razão da necessidade de se verificar o espalhamento geográfico, evitando–se a concentração da pesquisa em determinadas áreas do município e a eventual manipulação da opinião pública por meio do deslocamento voluntário de pesquisadores e eleitores.


A divulgação do referido dado garante maior transparência ao processo de pesquisa e evita a eventual manipulação da opinião pública, de modo a obstar a indevida influência no eleitorado local''.

São inúmeras as pesquisas já impugnadas na campanha eleitoral de 2022, e, inclusive, o Ministério Público Federal instaurou inquérito com a finalidade de apurar crimes praticados pelos institutos de pesquisa.